O esguincho. Desculpem lá mas eu tenho que falar nele.

E a que me refiro perguntam vocês inocentemente?

Refiro me a uma particularidade da amamentação de que aparentemente ninguém fala, nem vejo nada disto na internet por esse mundo fora. Vou passar a explicar! O bebé está a mamar muito bem e tal, todo esfomeado e de repente larga a mama (seja porque se engasgou, deixou de ter fome subitamente, quer cuscar o mundo à sua volta, whatever), o leite continua a sair. E não, não é uma gotinhas e tal, é mesmo um repuxo de leite que vai até um metro de distância se for preciso.

A primeira vez que isto me aconteceu fiquei KO, lá agarrei na manta do sofá para conseguir parar aquilo. A segunda vez a miúda tomou um banho literalmente, porque aquilo escorria-lhe, e bem, pelo nariz, olhos, enfim a cara toda.

Comentei com o marido e ele pensava que era exagero, mas quando calhou isto acontecer à frente dele, ficou especado com olhar horrorizado "what the fuck!?"

Se estivermos em casa e tal, é tranquilo. Mas e na rua? Ou na casa de alguém? Opa é um bocadinho constrangedor. É que ninguém fala nisto, ninguém! Lá vou perguntando a mães que têm filhos se também acontece e quando elas me dizem que sim, eu deixo de me sentir uma aberração.

Mães de todo o mundo estou com vocês neste flagelo!

Bebés agarrem se à mama e não a larguem até acabar tudo tá bem? É que ninguém merece ficar ensopado em leite, a azedar o resto do dia. Não há discos, soutiens e camisolas que aguentem tanto banho.

Eu não faço sopa para as minhas filhas, principalmente para a bebé. Dou lhe sopa de compra e pronto, está despachadinha..

Chocante? Então porquê que quando digo que faço papas caseiras me olham como se eu fosse o maior E.T na Terra e me dizem coisas como "mas não há mal nenhum nas papas de compra". Por acaso não dou sopas de compra às miúdas (e se desse qual era o problema? Pior era deixa-las sem comer), foi apenas um teste para perceberem o meu objectivo. Se eu não dou sopas de compra porque haveria de dar papas de compra? Não estou a criticar quem as dá, mas para mim não faz sentido. E se eu não critico, também não se julguem no direito de me olhar de lado. "Ah e tal isso dá muito trabalho", epa sinceramente não dá assim tanto, mas mesmo que dê, sou eu que tenho o trabalho, sou eu que quero ter o trabalho.

Cada mãe faz as suas opções e eu opto por não dar farinhas carregadas de açúcar e porcarias às minhas filhas.

Pronto, é isto.

Sendo esta a primeira publicação, nada melhor que me introduzir.

Sou mãe de duas meninas lindaaaas, maravilhosas, uma ternura, super delicadas e meigas mas que também são um horror, um terror, uns diabretes. Ok, se calhar estou a exagerar... Ou não? Uma delas está nos terrible three (não, não existem só os terrible two, existem os terrible desde os dois até para aí aos 22 anos) e a outra está com seis meses (ainda se aguenta vá, faz birras de sono, fome e tédio basicamente).

Não sou uma mãe perfeita mas dou o meu melhor. Tenho as minhas manias, as minhas neuras, os meus momentos de galhofa e no fundo acho que sou feliz, acima de qualquer stress, vida rotineira ou falta de tempo.

Sinto necessidade de partilhar as minhas histórias enquanto mãe, pois sei que não sou a única a passar por determinadas situações e se eu encontro algum conforto nas palavras de outras mães, estou certa que também irão encontrar nas minhas.. Ou então não e fico só aqui a escrever para o boneco!

Força mães! Não estão sozinhas!

A Mãe